terça-feira, 22 de junho de 2010

OCUPA LUGARES ÚNICOS, RARÍSSIMA!

A Cephalanthera rubra (L.) L.C.M. Richard é uma planta com rizoma curto, vertical. Caule com 20 - 60 (85) cm de altura, estriado e glanduloso-pubescente para cima, com algumas bainhas basais acastanhadas ou por vezes esverdeadas no cimo. 2 - 8 folhas com 5 - 10 (13) cm de comprimento por 1 - 2 (3) cm de largura, verde-escuras, as inferiores oblongo-lanceoladas a lanceoladas, planas, as superiores linear-lanceoladas. Brácteas foliáceas, linear-lanceoladas, as superiores mais curtas do que as flores. Inflorescência laxa, 3 - 18 flores pouco abertas, de rosa-vivo a purpurascentes. Sépalas com (12) 17 - 25 mm de comprimento por (5) 6 - 8 (9) mm de largura, lanceoladas, subagudas, patentes, glandulosas-pubescentes na face externa. Pétalas com (11) 15 - 20 mm de comprimento por (3) 4 - 7 mm de largura, ovado-lanceoladas, subagudas, coniventes. Labelo com 1,5 - 2 cm, mais ou menos do comprimento das sépalas, ovado-lanceolado, branco, glabro. O epiquilo com as margens purpúreas e com (4) 7 - 9 saliências longitudinais amarelas. Ginostémio com 6 - 10 mm, mais ou menos cilíndrico, erecto, glabro. Esporão nulo. Ovário séssil, glanduloso-pubescente.
Espécie de meia-sombra a sombra, em bosques sobretudo caducifólios, de solo preferencialmente básico.
Ocorre em Trás-os-Montes e Alto Douro.As seis primeiras imagens foram registadas em Fresulfe, Vinhais, a 12/06/10. A última imagem foi registada em Grandais, Castro de Avelãs, Bragança, a 12/06/10.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

SERAPIAS CORDIGERA X SERAPIAS LINGUA

Serapias x ambigua Rouy é um híbrido resultante do cruzamento entre Serapias cordigera e Serapias lingua.
Observámos duas plantas, a 29/05/10, no sítio de Freixeda, Cabaços, Moimenta da Beira, Beira Alta.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

SERAPIAS CORDIGERA

A Serapias cordigera L. é uma planta com 1 - 2 (3) tubérculos, sendo 1 séssil e os restantes pediculados. O caule é erecto, com (9) 15 - 40 (55) cm de altura, normalmente com bainhas basais pintalgadas. 4 - 9 folhas, com 4 - 16 cm de comprimento por 0,8 - 1,8 cm de largura, lineares a linear- lanceoladas, as 1 - 2 distais bracteiformes e invaginantes. Brácteas com (25) 30 - 4,5 (60) mm de comprimento por 10 - 14 mm de largura, purpúreas, lanceoladas, mais curtas que as flores. Inflorescência com 2 - 12 (20) flores grandes, curta, ovóide e densa, de cor escura. Sépalas com 20 - 28 (35) mm de comprimento por 5 - 9 mm de largura, mais ou menos unidas longitudinalmente, lanceoladas. Pétalas com 16 - 27 mm de comprimento por 5 - 9 mm de largura, longamente acuminadas e violáceo-purpúreo-escuras. Gálea acinzentada por fora, vermelho-escura por dentro e com nervuras violáceas. Labelo com (19) 30 - 40 (48) mm de comprimento, castanho-avermelhado a purpúreo-violáceo-escuro, densamente viloso no centro, na base com 2 calosidades, de 3 - 4 mm, anegradas, brilhantes e divergentes. Hipoquilo com (6) 8 - 18 (26) mm de comprimento por (14) 15 - 25 (26) mm de largura, reniforme, com a base cordiforme e lobos laterais arredondados, ultrapassando um pouco a gálea. Epiquilo com (13) 19 - 25 (35) mm de comprimento por (9) 14 - 25 mm de largura, cordiforme, ovado ou ovado-triangular a lanceolado, plano ou convexo a meio. Ginostémio com 8 - 12 mm de comprimento. Polinídias verde-amareladas.
Espécie de sítios soalheiros a meia-sombra, em solos de frescos a húmidos, normalmente ácidos: clareiras de matos ou matas, prados e margens de cursos de água.
Ocorre no Minho, Douro Litoral, Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Litoral, Beira Alta, Beira Baixa, Ribatejo, Estremadura, Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Algarve.
Imagens registadas no sítio de Freixeda, Cabaços, Moimenta da Beira, Beira Alta, a 29/05/10.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ERVA-ABELHA

A Ophrys apifera Hudson é uma planta com 2 (3) tubérculos subglobosos, subsésseis. Caule com 15 - 50 (70) cm, erecto. Folhas basais lanceoldas, obtusas, com 5,5 - 10 cm de comprimento por 2 - 4,5 cm de largura. Brácteas inferiores com 25 - 48 mm de comprimento por 7 - 10 mm de largura, oblongas a lanceoladas, mais compridas que o ovários, verde-claras. Inflorescência com (2) 4 - 12 (15) flores grandes. Sépalas com (10) 12 - 17 mm de comprimento por 5 - 7 mm de largura, patentes, ovadas a ovado-lanceoladas, côncavas, glabras, rosadas a violáceas ou por vezes esbranquiçadas. Pétalas laterais com (1) 2,5 - 4 mm de comprimento por 1 - 2,5 mm de largura, mais ou menos estreitamente triangulares, viloso-aveludadas, verdes a rosadas. Labelo trilobado, com (7) 8 - 14 mm de comprimento por (5) 6 - 10 mm de largura, maior largura próxima da zona distal, muito convexo, quase subgloboso, castanho-escuro a anegrado, aveludado, com indumento marginal esbranquiçado a acastanhado, e terminado por um apículo agudo, reflexo ou erecto, geralmente pouco visível devido à convexidade do labelo; lobos laterais com 4,5 - 6 mm de comprimento por 3 - 4,5 mm de largura, formando gibosidades cónicas, agudas, erectas, geralmente densamente peludas na parte exterior; lobo médio com 6,5 - 9,9 mm de comprimento por 6 - 10 mm de largura; espéculo com forma variada, cinzento-violáceo, com uma estreita margem branca, pouco brilhante, bilobado, podendo alargar-se para o ápice do lobo médio, rodeando o campo basal castanho-avermelhado por linhas mais ou menos completas e por pontos. Cavidade estigmática verde-amarelada. Ginostémio muito desenvolvido, com 7,5 - 10,4 mm de comprimento, formando um ângulo obtuso com o labelo, verde a verde-amarelado no dorso e verde-claro a verde-amarelado nos lados, com apículo geralmente sinuoso de 1 - 3 mm de comprimento.
Espécie de pastagens e matos abertos, geralmente em solos alcalinos.
Ocorre em Trás-os-Montes e Alto
Douro, Beira Alta, Beira Litoral, Ribatejo, Estremadura, Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Algarve.

















Imagens 1, 3 e 5 registadas em Ponte de Viadores, Casal Comba, Mealhada, Beira Litoral, a 31/05/10.
Imagens 2, 4 e 6 registadas em Santiago do Escoural, Montemor-o-Novo, Alto Alentejo a 13/05/10.

Ophrys apifera var. bicolor (Naegeli) E. Nelson
Imagens registadas a 26/05/10 em Poço das Casas, Condeixa-a-Velha, Condeixa-a-Nova Beira Litoral.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

EPIPACTIS TREMOLSII

A Epipactis tremolsii C. Pau é uma planta com rizoma curto e espesso. Caule com 30 (40) – 65 cm de altura, erecto, robusto, muito esparsamente pubescente na parte inferior e mais densamente para o cimo, verde, por vezes tinto de violáceo para a base e avermelhado no cimo. 6 - 11 folhas caulinares, com 5 – 8 (10) cm de comprimento por 3 – 6 (8) cm de largura, frequentemente densas na parte inferior do caule, largamente ovadas a suborbiculares, as superiores ou pouco mais estreitas. Brácteas inferiores excedendo de muito as respectivas flores. Inflorescência geralmente densa, com 10 – 40 cm de comprimento. (15) 20 – 40 (60) flores grandes, campanuladas. Sépalas com 8 – 12,5 (13) mm de comprimento por 4 – 6 (6,5) mm de largura, elíptico-lanceoladas, verdes por fora e um tanto arroxeadas na face interna. Pétalas laterais com 9 – 12,5 mm de comprimento por 4,5 – 6,3 mm de largura, ovada-lanceoladas. Labelo com 9 – 11 (12) mm de comprimento por 3 – 6 mm de largura; o hipoquilo cupuliforme, nectarífero, verde na parte externa e castanho-brilhante na interna, frequentemente esbranquiçado, as margens rosadas; epiquilo largamente ovado, verde-amarelado tinto de rosado e vermelho ou purpúreo no centro, um tanto recurvado para o ápice, com 2 saliências pubescentes; rostelo desenvolvido. Ovário com 7 – 11 mm de comprimento, piriforme, verde-amarelado, puberulento.
Espécie que prefere sítios secos: matos, matas, terrenos incultos, orlas de bosques. Em solos sobretudo calcários ou xistosos.
Ocorre em Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Alta, Beira Litoral, Beira Baixa, Ribatejo, Estremadura, Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Algarve.Epipactis tremolsii forma monocromática

Primeira e segunda imagens registadas em Santiago do Escoural, Montemor-o-Novo, Alto Alentejo, a 13/05/10. Restantes imagens registadas na Ota, Alenquer, Estremadura, a 20/05/10.