sábado, 9 de fevereiro de 2008

A SALEPEIRA-GRANDE A ENCANTAR O INVERNO!

Venda do Brasil, Ansião, Beira Litoral, 08/04/06.

A Barlia robertiana (Loiseleur) Greuter in Boissiera é uma planta robusta com 2 (4) tubérculos, ovóides, inteiros e sésseis. Caule com (20) 30 - 80 (100) cm, grosso e erecto. 5 - 10 folhas grossas, de elípticas a lanceoladas, verdes brilhantes; as inferiores com 8 - 40 cm de comprimento por 4 - 11,5 cm de largura, suberectas, frequentemente pontuadas de negro e reunidas em roseta basal frouxa, as superiores são progressivamente mais curtas e, nas proximidades da inflorescência, bracteiformes. Inflorescência com 7 - 20 (41) cm, densa, ovóide mas por fim cilíndrica, possui 11 - 45 (70) flores grandes e aromáticas. Brácteas foliáceas, violáceas, glabras, com 26 - 41 mm de comprimento por 3 - 6,9 mm de largura, as inferiores excedendo as flores. As sépalas e as pétalas formam um casco frouxo, de verde a rosa por fora, mas mais claro e com manchas na parte interna; sépalas dorsais ovais, côncavas, 7,8 - 16 mm de comprimento por 5 - 10 mm de largura, pétalas laterais laceoladas, glabras, uninérveas, com 5 - 12 mm de comprimento por 1,5 - 3 mm de largura. Labelo com 12 - 18 (24) mm de comprimento por 9 - 11 (20) mm de largura, trilobado, obovado, convexo e crenulado, com duas cristas longitudinais na boca do esporão, o lobo médio 1,5 - 2 vezes tão comprido como os laterais e dividido em dois lobos secundários divergentes, de rosa a violeta, por vezes esbranquiçado com manchas violetas na parte central e esverdeado nas bordas. Esporão com (4) 5 - 6 (7) mm de comprimento por 2,5 - 3 mm de largura, cónico e recurvado.
Espécie de plena luz a meia sombra que pode ser encontrada em arrelvados, clareiras de matas e matos, de locais secos a um tanto frescos, geralmente em solos calcários.
Ocorre em Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Litoral, Estremadura, Ribatejo e Baixo Alentejo.
Restantes imagens registadas em Bom-Velho de Cima, Condeixa-a-Nova, Beira Litoral, a 09/02/08.

4 comentários:

Ivo Rodrigues disse...

Saudações alentejanas !!!

No principio do mês andei à procura na Serra da Adiça, mas nada ………. Só encontrei a Ochis collina . :-(
Alguém me sabe dizer uma zona do Baixo Alentejo onde eu a possa ir fotografar a barlia ?

Haja saúde !!!

Anónimo disse...

Em Portugal, a Barlia robertiana, tem uma distribuição mais restrita do que a Aceras anthropophorum e a Anacamptis pyramidalis, orquídeas com as maiores populações. Não ocorre, estranhamente, no Algarve, tanto mais que a podemos encontrar facilmente, a baixas altitudes, próximo da costa! A bacia hidrográfica do rio Sado, é um desses exemplos.
Nas províncias da estremadura espanhola, a Barlia robertiana, embora rara e localizada, existe. Em Badajoz está melhor distribuída e ocorre pontualmente em Cáceres. A sua floração é bastante precoce, tal como acontece com a Orchis collina. Possui um grande porte, o que a torna inconfundível, assim como as suas flores vistosas, o tamanho e brilho das folhas.

Boa sorte!

Anónimo disse...

Saudações
Tanto quanto sei a Barlia robertiana (Loisel.) Greuter foi reclassificada. A sua designação actual é Himantoglossum robertianum.

Anónimo disse...

Foi uma surpresa muito agradável encontrar neste blog fotos tiradas no Bom Velho de Cima. Recuperei lá uma casa e passo meses naquele paraíso.
Tenho pena que o vosso «Insectos a Florir» apresente, como último post, a data de Fevereiro. Porque não prosseguem? Falta de tempo? Desmotivação? Este género de informações são sempre muito necessárias. Vamos voltar ao trabalho?
Se desejarem visitar-me, aqui vai o nome do meu blog: «sarrabal.blogs.sapo.pt»
Saudações amigas

Soledade Martinho Costa