sábado, 14 de maio de 2011

SERAPIAS OCCIDENTALIS

A Serapias occidentalis C. Venhuis & P. Venhuis é uma planta com 2 tubérculos sésseis, de subglobosos a ovóides. O caule é erecto e cilíndrico, com 10 - 37 cm de altura, verde e com manchas vermelhas na base. 4 - 8 folhas linear-lanceoladas, 3 - 5 são basais com 4 - 16 cm de comprimento por 0,6 - 1,8 cm de largura, pintalgadas de vermelho na base e 1 - 3 folhas caulinares. Brácteas ovado-lanceoladas, cinzento-violáceas com nervuras avermelhadas ou verdes, 3 - 5,2 (6) cm de comprimento por 1,2 - 2,2 cm de largura, normalmente mais curtas que as flores. Inflorescência sub-laxiflora, (1) 2 - 6 (9) flores grandes vermelho-escuras. Sépalas e pétalas coniventes numa gálea com posição, normalmente, sub-horizontal. Sépalas ovado-lanceoladas, com 1,8 - 3,2 cm de comprimento, face abaxial cinzento-violácea com nervuras de violeta-escuras a avermelhadas, face adaxial vermelho-purpúrea com nervuras purpúreas. Pétalas purpúrea-escuras, frequentemente 0,3 cm mais curtas que as sépalas, base orbicular abruptamente acuminada, parte apical vermelha. Labelo dividido, por uma constrição, em hipoquilo e epiquilo, com pêlos de rosados a avermelhados, crescendo predominantemente na faixa central e mais densamente no meio da transição entre as duas partes. Hipoquilo vermelho-claro, com 1,1 - 1,6 cm de comprimento por 1,7 - 2,5 cm de largura, coberto, na parte central, por pêlos rosados. Lobos laterais de vermelho-escuros a purpúreos, inclusos na gálea ou ultrapassado-a ligeiramente. Base com 2 calosidades juntas e sub-paralelas, purpúrea-escuras. Epiquilo ovado, com 1,5 - 2,8 cm de comprimento por 0,8 - 1,9 cm de largura, vermelho-claro, com nervuras vermelho-escuras e pêlos curtos de rosados a avermelhados. Ovário cilíndrico, séssil, 1 - 2,3 cm de comprimento, verde. Polinídias verde-amareladas.
Espécie de sítios soalheiros, em solos de frescos a húmidos, ligeiramente ácidos: prados, arrelvados.
Ocorre na Beira Litoral e Baixo Alentejo.

Imagens registadas em Quatro Lagoas, Soure, Beira Litoral, a 07/05/11, com excepção da primeira imagem que foi registada a 08/05/06.

3 comentários:

turbolenta disse...

Quando no início de Maio fui a Trás-os-Montes os campos estavam no auge da sua floração.Campos e campos de alfazema e giestas.
Mas o que me despertou a atenção foi uma flor que crescia à beira da barragem do Peneireiro, em Vila Flor.
Talvez tenha andado distraída mas nunca tinha visto essa espécie floral.
Tenho feito várias pesquisas na net na esperança de encontrar essa espécie e saber o seu nome.
Hoje,uma vez mais nessa procura, deparei com este blog.
E parece-me que já tenho resposta ao que queria saber, pois acho que a flor que aqui está representada é a mesma que publiquei no meu blog.
Agradecia que desse uma espreitadela e me confirmasse, se é a mesma cujo nome procuro.

http://dietas-e-companhia.blogspot.com/2011/05/pormenores-transmontanos.html

Agradeço

turbolenta disse...

Agradeço a v/ resposta.
Obrigada

Carlos Aguiar disse...

Muito interessante, parece estar a meio caminho entre a S. cordigera e a S. vomeracea.