domingo, 30 de setembro de 2012

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

EPIPACTIS HELLEBORINE

 
A Epipactis helleborine (L.) Crantz é uma planta com rizoma curto e espesso. Caule com (20) 35 – 70 (90) cm de altura, erecto, geralmente robusto, pubescente e verde ou por vezes purpurascente para o cimo. 4 - 10 folhas caulinares, com 4 – 17 cm de comprimento por 2 – 10 cm de largura, mais ou menos espaçadas ao longo do caule, dispostas helicoidalmente, patentes, suborbiculares a lanceoladas, com margens inteiras, finamente denticuladas, as 1 - 5 folhas superiores primeiro estreitamente lanceoladas e depois bracteiformes, às vezes pendentes. Brácteas inferiores 2 - 3 vezes mais compridas que as respectivas flores. Inflorescência com (10) 20 – 40 cm de comprimento de frouxa a densa.  10 – 40 (60) flores campanuladas, pediceladas, patentes ou pendentes. Sépalas com 7 – 15 mm de comprimento por 4 – 9 mm de largura, ovado-lanceoladas, pubescentes na página externa, everdeadas a purpúreas. Pétalas laterais com 6 - 14 mm de comprimento por 6 - 9,5 mm de largura, ovado-lanceolada, frequentemente mais acentuadamente coradas que as sépalas. Labelo com 6 – 14 mm de comprimento por 4 – 6,5 mm de largura; o hipoquilo com 3 - 8 mm de comprimento, cupuliforme, nectarífero, branco-esverdeado por fora, brilhante e castanho-escuro a oliváceo por dentro; epiquilo com 3 - 6 mm de comprimento por 4 - 6,5 mm de largura, cordiforme a largamente ovado, verde-claro a violáceo-escuro, com as margens incurvadas e o ápice recurvado, com 2 saliências purpúreas, raramente amareladas, um tanto pubescentes na base, separadas por um sulco pouco profundo, frequentemente escuro; rostelo desenvolvido. Ovário com 6 – 8 mm de comprimento, piriforme, violáceo para a base, puberulento.
Espécie que embora apareça ocasionalmente em sítios húmidos, prefere sítios secos: bosques caducifólios, sobretudo nas margens e clareiras de matas e matos. Em solos diversos.
Ocorre no Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Alta, Beira Litoral, Beira Baixa, Ribatejo, Estremadura e Alto Alentejo.

Primeira, quinta e sexta imagens registadas por Alexandre Silva em Famalicão da Serra, Guarda, Beira Alta, a 25/06/08. Segunda imagem registada em Grandais, Castro de Avelãs, Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, a 12/06/10. Restantes imagens registadas no Souto do Concelho, Manteigas, Beira Alta, a 30/06/12.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

SINGULARIDADES DE MONTEMURO

Moura Morta, Castro Daire, Beira Alta.


 

 
 

Dactylorhiza caramulensis
 
 
 

 
Serapias cordigera
 
 
 
 

Queimadela, Armamar, Trás-os-Montes e Alto Douro.
Platanthera bifolia
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagens registadas a 16/06/12.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

EVOLUÇÃO...

Anacamptis x simorrensis (E. G. Camus) H. Kretzschmar, Eccarius & H. Dietr. é um híbrido resultante do cruzamento entre Anacamptis pyramidalis e Anacamptis fragrans.
Observámos duas plantas, a 15 de Maio de 2012, em São Romão, Vagos, Beira Litoral.
 
 

Anacamptis x menosii (C. Bernard & G. Fabre) H. Kretzschmar, Eccarius & H. Dietr. é um híbrido resultante do cruzamento entre Anacamptis papilionacea e Anacamptis fragrans.
Observámos duas plantas, a 18 de Maio de 2012, em Outeiro, Santiago da Guarda, Ansião, Beira Litoral.


Híbrido resultante do cruzamento entre Ophrys scolopax e Ophrys picta.
Observámos uma planta, a 19 de Maio de 2012, em Casais Monizes, Alcobertas, Rio Maior, Ribatejo.


domingo, 10 de junho de 2012

FRAGRÂNCIA DE BAUNILHA

A Anacamptis fragrans (Pollini) R. M. Bateman, Pridgeon & M. W. Chase é uma planta com 2 tubérculos subglobosos a elipsóides, subsésseis, com 12 - 19,5 mm de comprimento por 10 - 17,5 mm de largura (às vezes com pedúnculo até 9,3 mm). Caule liso, glabro, folhoso, com 10 - 37 cm de altura e possuindo escamas basais invaginantes. 4 - 11 folhas basais, com 5 - 11,3 (15) cm de comprimento por 0,5 - 1,2 (4) cm de largura, dispostas aproximadamente em roseta, de lanceoladas a linear-lanceoladas, agudas, não maculadas, glabras, não onduladas na margem; as 3 - 5 caulinares superiores progressivamente mais pequenas, tornando-se bracteiformes para o cimo do caule. Bráctea da flor basal mais cumprida que o ovário da flor adjacente, com 13,7 - 28,7 mm de comprimento por 2 - 4,4 mm de largura, lanceolada, aguda com 1 - 5 nervuras, membranácea, glabra. Inflorescência com 4,7 - 11,2 mm de altura, subcilíndrica, densa, com 12 - 29 (100) flores pequenas, em geral de cor clara, desde lilacíneas a branco-esverdeadas, com agradável aroma a baunilha. Sépalas convergentes com as pétalas numa gálea bastante acuminada, glabras, de um branco-esverdeado a lilacíneas; as laterais com 6 - 8 mm de comprimento por 2,3 - 3,4 mm de largura, lanceoladas, assimétricas na base, agudas, com 1 - 3 nervuras; a central com 4 -  7 mm de comprimento por 1,2 - 2,6 mm de largura, lanceolada, aguda, com 1 nervura. Pétalas laterais com (4) 4,9 - 7,7 mm de comprimento por 0,7 - 2,3 mm de largura, lanceoladas, agudas, glabras, com 1 nervura, de um branco-esverdeado a lilacíneo. Labelo com 5 - 6 (8) mm. Lobo médio mais escuro que o resto da flor, nitidamente mais comprido que os laterais e pouco recurvado para trás. Esporão com (4) 5 - 9 mm, cónico, subagudo.
Espécie de plena luz, em solos calcários, secos: arrelvados e matagais claros.
Ocorre na Beira Litoral, Estremadura, Ribatejo e Algarve.
 
 
 
Imagens registadas em São Romão, Vagos, Beira Litoral, a 15/05/12.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

SÉPALAS OU LABELOS?!

Ophrys picta com as sépalas laterais parcialmente transformadas em labelos.
 
 
Imagens registadas por Duarte Victorino Marques, em Pedreiras, Sesimbra, Estremadura, a 10/04/12.